Passado um ano das eleições realizadas no dia 12 de Outubro de 2014 .
O Centro de Integridade Pública de São Tomé e Príncipe- CIPSTP percebendo da necessidade de Sociedade Civil organizada acompanhar o escrutínio das eleições, recorreu as instituições nas ultimas eleições afim de conhecer as condições legais para acompanhar de perto quanto à transparência dos mesmos. As organizações da sociedade civil estão tradicionalmente implicadas no processo eleitoral e mais precisamente em matéria de educação cívica e eleitoral e observação eleitoral. A Lei 11/90 permite unicamente a conduta duma observação internacional. A Constituição de São Tomé e Príncipe reconhece aos cidadãos a liberdade de associação e o direito de participar na vida pública.
Vejam o que disseram os Observadores da União Africana responsáveis pelo acompanhamento nas suas recomendações e relatório:
DA DECLARAÇÃO PRELIMINAR
(…)
“C. A sociedade civil e o processo eleitoral
Através de ações tomadas a favor da democracia participativa, as organizações da sociedade civil contribuíram para a criação de condições propícias para a participação popular e a expressão de uma escolha democrática do povo. As organizações da sociedade civil estão tradicionalmente implicadas no processo eleitoral e mais precisamente em matéria de educação cívica e eleitoral e observação eleitoral. A Lei 11/90 permite unicamente a conduta duma observação internacional. A Constituição de São Tomé e Príncipe reconhece aos cidadãos a liberdade de associação e o direito de participar na vida pública. Entretanto, a Missão notou que as organizações da sociedade civil santomense não estiveram implicadas no processo eleitoral de 2014 conforme a Carta Africana da democracia, das eleições e da boa governação que preconiza a criação de condições legais propícias ao desenvolvimento destas organizações visando uma participação efetiva dos cidadãos no processo democrático e a gestão de bens públicos
RECOMENDAÇÕES
Ao Governo
• A Missão encoraja o Governo e diferentes forças políticas a prosseguirem com a concertação política depois das eleições.
A Comissão Eleitoral Nacional
A Missão recomenda:
• Assegurar a fixação de cadernos eleitorais em todas as assembleias de voto para uma melhor orientação dos eleitores;
• Reforçar a capacidade de colaboradores numa perspetiva mais profissional para melhor administração eleitoral;
• Prosseguir com a formação dos agentes para assembleias de voto a fim dominar as insuficiências para o escrutínio futuro;
• Implicar as organizações de Sociedade Civil na execução nos programas de educação cívica e eleitoral visando melhor apropriação do processo eleitoral para a população Santomense;
• Identificar com clareza as urnas quando se trata de eleições múltiplas para evitar qualquer confusão;
A Sociedade Civil
A Missão recomenda:
• Fazer cada eleitor conhecer cadernos eleitorais na perspetiva de reforçar a sua participação no processo de votação;
• Engajar-se em concertação com a Comissão Nacional Eleitoral na perspetiva de implicar a Sociedade Civil nos programas de educação cívica e eleitoral;
Aos Partidos políticos
A Missão recomenda:
• De reforçar a capacidade dos delegados dos partidos permitindo-lhes jogar um papel mais eficiente no processo de examinação e contagem dos votos expressos para escrutínios futuros;
• De adotar um código de boa conduta para os partidos políticos que servirá de enquadramento para lutar contra certos fenómenos decorrentes compreendendo a compra de consciência no âmbito da política santomense;
• .A Missão exorta todos os partidos políticos a prosseguirem os esforços de concertação com vista a restaurar a confiança entre diferentes forças políticas;
A Comunidade Internacional
A MOE-UA apela restantes membros de Comunidade Internacional para apoiarem São Tomé e Príncipe a prosseguir com a implementação do processo democrático.”
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http://pa.au.int/en/sites/default/files/DECLARAÇÃO%20PRELIMINAR%20STP%202014.pdf
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