Por Anacleto Rolin
Cenário previsível do diferendo eleitoral Santomense
Ao se concretizar a retirada dos representantes dos partidos “MLSTP/PSD, PCD e UDD” da Comissão Eleitoral (nacional) por ética e coerência e em consequência da solidariedade política para com os candidatos contestatários das eleições do passado dia 17 de Julho de 2016, nomeada e respetivamente, a Dra. Maria das Neves e o Doutor Manuel Pinto da Costa, a Comissão Eleitoral (nacional), estará apenas composta pelos representantes do partido ADI, assim como a composição dos membros das assembleias de voto será feita exclusivamente pelos militantes do ADI na qualidade de delegados representantes do vice-presidente do ADI, candidato ao cargo de Presidente da república, já que os delegados representantes de direito do Doutor Manuel Pinto da Costa não serão certamente indicados, por este ter decidido não participar deste ato contínuo de fraude eleitoral, assim afirmado pelo mesmo em comunicado a nação.
O mesmo cenário será verificado na Assembleia (nacional) que dará posse ao Presidente eleito nestas condições eleitorais. Será previsivelmente notório a ausência no ato, do Presidente da República Doutor Manuel Pinto da Costa, será previsivelmente notório a ausência total dos deputados das bancadas da oposição parlamentar e quiçá, consequentemente, por observância do princípio de não ingerência, preveja-se igualmente notório, a ausência do corpo Diplomático acreditado no país, ausência de representantes de outros Estados a todos os níveis.
Será evidentemente notório a ausência de representantes das confissões religiosas do país, estes igualmente pela observância do princípio de não ingerência nos assuntos políticos e internos dos Estados, ou pelo menos recomenda-se.
O ato eleitoral do próximo dia 7 de Agosto não motivará entusiasticamente os cidadãos a irem voluntariamente votar, por não estarem reunidos todos os pressupostos que dê credibilidade ao ato e que transmita garantias da lisura e imparcialidade.
O Presidente eleito e empossado neste contexto, que reconhecimento externo terá, já que internamente apenas terá o reconhecimento do seu próprio partido, representado nas instituições da República e que foram parte ativa, visivelmente envolvidos nas ações de campanha em apoio ao candidato Evaristo do Espirito Santo de Carvalho !?
Que futuro nos espera nos dias subsequentes ao dia 7 de Agosto e 3 de Setembro?
Face ao exposto deseja-se que as cidadãs e os cidadãos questionem-se mais sobre o assunto de interesse geral, formulem sugestões e por favor nada de manifestações de atitudes cobardes e patetas.
Deseja-se obter mais elementos que nos ajude a melhor compreensão da situação e que nos oriente em direção de reflexões profundas na busca de mecanismos de solução do problema que nos afeta a todos e pode comprometer o futuro coletivo. Nesta era da contemporaneidade, nos é exigido em todas instâncias e circunstâncias, a observância dos princípios e valores democráticos como o diálogo saudável na resolução de todos os diferendos políticos, incluindo diferendos eleitorais.