A Posição de São Tomé e Príncipe no Index Global TI- Ranking de 2012

Qual é a actual percepção da corrupção em São Tomé e Príncipe?

São Tomé e Príncipe partilha com Brasil o 72º lugar entre 177 países no Índice de Percepção de Corrupção de 2013, divulgado nesta terça-feira (03/13), em Berlim, pela ONG Transparência Internacional. O País manteve assim a mesma posição do ano transacto, em uma escala que vai de zero (percepção de alta corrupção) a cem (percepção de alta integridade), São Tomé e Príncipe ficou com 42 pontos, o mesmo desempenho que teve no ano transacto, tendo a mesma pontuação que Brasil que teve um ponto a menos e três posições abaixo em comparação ao ranking de 2012.

Embora São Tomé e Príncipe tenha mantido na mesma posição no ranking, analistas mencionam não ser mal de todo, observando no contexto lusófono o país está bem posicionado além de Portugal e Cabo-Verde, não abdicando da argumentação que o país pode melhorar muito mais no combate a corrupção.

Director Executivo do CIPSTP
Deodato Capela

Deodato Capela, Presidente da CIPSTP (Centro de Integridade Pública de São Tomé e Príncipe), ONG nacional de combate contra corrupção não manifestou surpreso com a posição do país “O nosso país nada fez para melhorar a sua imagem, salientamos que houve algumas medidas, para fazer inglês ver, mas que em nada mudou para transparecer, a estagnação é uma realidade. Dificilmente podia ser de outra forma” afirma num comunicado no site oficial da organização. “Como o CIPSTP tem alertado insistentemente desde a nossa fundação (e os indicadores confirmam), o combate à corrupção exige meio especializados ao dispor da Justiça- meios técnicos, humanos e financeiros capazes de levar até ao fim investigações sobre suspeitas de corrupção e colocar no banco de réus quem, há anos, tem desviado recursos públicos para beneficio privado.”

O CISPSTP ainda denuncia no seu comunicado, que um ano atrás levou a Assembleia Nacional uma petição sobre os conflitos de interesses e incompatibilidades dos agentes públicos, petição essa que até o momento a Comissão de Ética da mesma Assembleia não deu qualquer andamento, petição cujo teor aborda “…às claras sobre o escândalo das acumulações de funções e da absoluta promiscuidade das instituições e própria credibilidade do regime.”

Cabo verde é o segundo país africano menos corrupto do continente africano, enquanto isso a Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia continua a liderar a lista mundial, segundo a Transparência Internacional a justificação dessa liderança deve particularmente ao fácil acesso a informações e às regras claras para funcionários públicos, este índice é elaborado anualmente com base de sondagens e avaliações de diversas instituições a respeito de como a corrupção no sector publico é percebida em cada país, sublinhe-se que também é visto como um indicador de boa governação.

Mário Lopes