Passando os 90 dias depois das eleições, nenhum partido político apresentou as Contas dos gastos nas ultimas eleições aquela instituição responsável para fiscalizar às Contas dos partidos, quanto as fontes de financiamento, conforme ordena a Lei Eleitoral, 1990. (Lei 11-90-Lei Eleitoral de STP) baixar pdf.
(em anexo no fundo do artigo – Lei de Financiamento de Partidos políticos)
Segundo Ponto levantado na conversa, foi a actualização dos Círculos Eleitorais . Conferir art. 17- 3) Lei 11/90
O presidente de Centro Integridade Pública de STP reuniu essa manhã com o Presidente de Supremo Tribunal de Justiça, titular por acumulação de funções do Tribunal Constitucional para pedir esclarecimento da Transparência Eleitoral das últimas eleições legislativas, autárquicas e regionais. O Presidente TC reconhece que há falha neste sentido e a não adequação da Lei Eleitoral, da fiscalização e a responsabilização dos partidos que não apresentam as contas. Remeteu enviar uma carta aos partidos políticos neste sentido e terá em conta no seu discurso na abertura do ano judicial a atenção nesse sentido.
O TC tem funcionado desde 2005 com uma instituição Ad-hoc, entrando em acção apenas quando for solicitado para os casos que geram a possível inconstitucionalidade. Citou vários casos que durante a sua existência foi chamado a actuar. Frisou ainda que há poucos casos de facto que justifica um Tribunal Constitucional em pleno, por falta de recursos financeiros e humanos na utilização de erário publico para um TC separado. Inclui no projecto futuro, quando as instalações forem adequadas ter juízes e funcionários destinado a trabalharem na exclusividade na Justiça Eleitoral
O Centro de Integridade Pública de São Tomé e Príncipe é a primeira organização da sociedade civil são-tomense a se preocupar com o pedido de esclarecimento da transparência eleitoral. Disse o Presidente Tribunal Constitucional que a nossa sociedade não tem tido a cultura democrático de pedir a Prestação de Contas, por isso acha um exercício da cidadania que é de louvar para a melhoria da democrática no país.
A nossa preocupação quanto a fontes de financiamento dos partidos políticos é um desafio necessário para a consolidação da democracia. Porquê?
Não estamos muito preocupados quanto ao factor “banho”, pois até agora não está provado que o mesmo seja um factor de mudança de resultados eleitorais, mas sim da proveniência de financiamento para a realização da eleições e da toda a logística que o mesmo acarreta. Fazendo o exercício matemático das somas das quotas e as possíveis rentabilização das receitas dos partidos políticos, pelo que sabemos nenhum partido político em São Tomé e Príncipe tem uma fabrica ou empresa que gere rendimento suficiente para que possam justificar os gastos nas eleições que todos nós vemos.
Não obstante a verdade, no estado actual na falta de responsabilização (fiscalização e a responsabilização) qualquer um, sendo terrorista, traficante de drogas ou outros malfeitores para branquear o dinheiro, poderá fazer chegar aos mais altos cargos da República com seu patrocínio, um elemento seu. Uma efectiva fiscalização de origem de financiamento é necessário e urgente para melhorar a democracia e aumentar a credibilidade de órgãos soberanas eleitos democraticamente no país.
Neste sentido o CIPSTP pede as instituições como a Assembleia Nacional na melhoria da Lei Eleitoral, na actualização das responsabilidades dos não cumpridores na Prestação de Contas Eleitoral na criação de Lei que regula o funcionamento de Tribunal Constitucional.
Deodato Capela
Presidente do Centro de Integridade Pública de São Tomé e Príncipe.
Boa Governação, Transparência e Integridade.
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Anexos: Lei 9.2004 Financiamento partidos políticos campanhas eleitorais